terça-feira, 17 de maio de 2011

Diagnóstico

A osteoporose pode ser diagnosticada de forma relativamente simples por meio de:

-História clínica

-Exames complementares de diagnóstico que incluem uma radiografia;

-Determinação da densidade de massa óssea;

-QCT (tomografia quantitativa computorizada);

-QUS (ecografia quantitativa);

-DXA (DEXA) absorciometria de emissão dupla de raios X;

-Marcadores bioquímicos da remodelação óssea (no plasma e na urina);

-Formação de osso;

-Destruição de osso.



É útil para as mulheres/homens com elevado risco de osteoporose e para aquelas em quem o diagnóstico é incerto, ou para avaliar com precisão os resultados do tratamento.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O que é a Osteoporose?

A osteoporose (OP) é uma doença esquelética sistémica que se caracteriza pela diminuição da massa óssea e por uma alteração da qualidade microestrutural do osso, que levam a uma diminuição da resistência óssea e consequente aumento do risco de fracturas, sendo estas mais frequentes nas vértebras dorsais e lombares, na extremidade distal do rádio e no fémur proximal.(Marques, et al., 2004)

Prevenção e Tratamento

A prevenção da osteoporose é mais eficaz que o seu tratamento e consiste em manter ou aumentar a densidade óssea por meio do consumo de uma quantidade adequada de cálcio, da prática de exercícios nos quais se deve suportar o peso corporal e, em alguns casos, da administração de medicamentos.

O diagnóstico precoce da OP estabelece-se pela medição da massa óssea, através da osteodensitometria de dupla energia radiológica (dual-energy X-ray absorciometry - DEXA). A sua realização permite identificar três categorias diagnósticas:

a) Normal (índice T maior que -1);

b) Osteopenia (índice T entre -1 e -2,5);

c) Osteoporose (índice T menor que -2,5).


Este método tem, ainda, um valor prognóstico, permitindo avaliar o risco de fractura, sendo que por cada diminuição de um desvio padrão esse risco duplica.

O objectivo do tratamento consiste em aumentar a densidade óssea. Todas as mulheres, sobretudo as que sofrem de osteoporose, deveriam tomar suplementos de cálcio, vitamina D, calcitomina de salmão e hormona teriparatida.

As mulheres pós-menopáusicas que apresentam formas mais graves de osteoporose podem também tomar estrogénios (em geral, combinados com progesterona) ou alendronato, que podem atrasar e inclusive deter a progressão da doença. Os bifosfonatos também são úteis no tratamento da osteoporose.

Administram-se suplementos de vitamina D e cálcio aos homens que sofrem de osteoporose. Os estrogénios não são eficazes nos homens, mas a testosterona é-o, no caso de o valor desta se manter baixo.


Importância do exercício como tratamento/prevenção:

Os músculos exercem uma função muito importante sobre os ossos através das forças mecânicas impostas ao mesmo, durante o exercício físico. Estes actuam controlando e contribuindo para a normalidade do tecido ósseo.

A aplicação de cargas quando persistente, pode até modificar a forma do osso, em função da sua actuação nos mecanismos de remodelação ósseos. O exercício físico resistido como musculação, a ginástica localizada, a actividade cardiovascular é especialmente indicado porque contribuem para a remodelação óssea, e proporcionam um ganho de massa e potência muscular promovendo um melhor suporte ósseo, coordenação motora, actuando como um importante mecanismo de prevenção de quedas.

Sintomas

A osteoporose não produz sintomas num primeiro momento devido à lenta diminuição da densidade óssea, especialmente entre os afectados pela osteoporose senil. (Merck, 2009)


Os principais sintomas e sinais da osteoporose:



a) São as dores: As dores ósseas localizam-se predominantemente ao nível da coluna vertebral, agravam-se com os movimentos e com os esforços físicos, diminuindo com o repouso.



b) As deformações ósseas: As deformações traduzem-se num exagero das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral, em particular por aumentos da cifose dorsal e da lordose lombar.



c) As fracturas: A fractura da anca é uma das mais graves e uma das principais causas de invalidez e perda de autonomia em pessoas de idade avançada. Também é frequente a fractura de um dos ossos do braço (o rádio e úmero proximal) no ponto de articulação com o punho (fractura de Colles) e no fémur. (Merck, 2009)

Factores de risco

A OP primária atinge essencialmente:
a) Mulheres pós-menopáusicas;
b) Pessoas idosas de ambos os sexos.

Segundo Marques et al, uma em cada três mulheres e um em cada oito homens, com mais de 50 anos, são afectados pela OP. 

 
Factores de risco não modificáveis
Factores de risco potencialmente modificáveis
· Sexo feminino;
· Idade superior a 65 anos;
· Raça caucásica e asiática;
· História familiar de fractura.

·    Menopausa precoce;
·    Hipogonadismo;
·    Períodos de amenorreia prolongada;
·    Índice de massa corporal baixo;
·    Imobilização prolongada;
·    Doenças que alteram o metabolismo ósseo, doenças reumáticas crónicas, insuficiência renal ou anorexia nervosa;
·    Fármacos que provocam diminuição da massa óssea, corticosteróides, anticonvulsivantes e anticoagulantes;
·    Estilo de vida, como dietas pobres em cálcio, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e consumo excessivo de cafeína.

Factores independentes, que facilitam o aparecimento de fracturas:
a) Existência de uma fractura prévia;
b) História materna de fractura osteoporótica;
c) Comprimento do eixo femoral;
d) Magreza;
e) Alterações cognitivas, visuais e auditivas.

Factores de risco que facilitam as fracturas de fragilidade resultantes de quedas:
a) História prévia de queda;
b)Baixa forma física, com alterações da marcha e diminuição da força quadricipital;
c) Consumo excessivo de álcool;
d) Uso de alguns fármacos (anti-depressivos, ansiolíticos e/ou hipotensores).

Causas

  • A causa da osteoporose pós-menopáusica é a falta de estrogénio, a principal hormona feminina que ajuda a regular o fornecimento de cálcio aos ossos.

  • A osteoporose senil é o resultado de uma deficiência de cálcio relacionada com a idade e de um desequilíbrio entre a velocidade de degradação e de regeneração óssea.

  • A osteoporose juvenil idiopática é uma doença pouco frequente, de causa desconhecida. Aparece em crianças e adultos jovens, sem perturbações hormonais nem carências de vitaminas, e que não apresentam qualquer razão óbvia para ter ossos débeis.

  • A osteoporose secundária (induzida por outras perturbações de saúde ou por medicamentos). Na sequência de certas doenças, como a insuficiência renal crónica e certas perturbações hormonais (especialmente da tiróide, das paratiróides ou das supra-renais) ou da administração de alguns medicamentos, como corticosteróides, barbitúricos, anti-convulsivantes e quantidades excessivas de hormona tiroideia. O consumo excessivo de álcool e de tabaco agrava a afecção.